.................;.................;.................;.................;.................;.................
Ascende já mais um cigarro e deixa essa xícara de lado, antes de conversar, analise que não vamos nos entender muito bem se falarmos de sonhos, de flores ou da forma repentina como tudo muda tão intensamente Podemos além de falar, descrever e sentir o medo, o desejo o nosso amor, mas nada vai adiantar, o meu orgulho só reflete minha dor.
Se nós falarmos da bruma ou da chuva eu chorei, nem a tarde cairá devagar, e se você tão sozinha sorrir para a nuvem e ver a plenitude que um dia eu sonhei, nesse momento vai querer o que eu busquei. Mas se nesse papo te der medo, só feche os olhos sem me perder, pois se eu também perder calma me lembrarei que é seis ou seis e pouco, do jeito que eu sonhei.
Creia que não há pessoa que saiba falar o que eu falei, fazer como eu fiz, a minha e a sua, a maneira que brindei, não quero duas, não foi isso que eu sonhei. Então mesmo que você me diga que é hora, fechar a janela e ver o frio bater pra ir embora, só me queira bem, saiba querer, e tudo bem, já passou das seis, se esquente também e durma bem, meu amor.
Por mais que me pintem e me vendam barato assim, eu só precisei de um pouco de atenção, o nosso chá já nos mostrou quem sou e aprendi do que tu gostas. Dias chuvosos não precisam necessariamente ser tristes, nem a pureza é esconder-se pelos cantos escuros de mentiras.
Dividimos nossas vidas e talvez o mundo não nos dê outra chance, nunca vimos onde fomos, nem nos lembrávamos de onde estávamos. Fiz um museu do que passou, tranquei a porta e não deixarei mais ninguém visitar essas lembranças, pois ninguém vê como realmente somos, ninguém quer ter na vida um ombro amigo, sorrir ou dizer bom dia a um desconhecido. Não somos livres, não estamos bem, meu amor.
Se for falar de amor não se esqueça, não me deixe entender, estou tão quieto só pra não me arrepender, pois te quero bem, soube querer, e tudo bem, já passou das seis, me esquente também e eu durmo bem, meu amor.